He Yôkoso 「へ ようこそ」: Seja Bem-vindo!

Aqui iremos mostrar um pouco dessa cultura maravilhosa que encheu os olhos do resto do mundo com sua beleza , arte e sabedoria.

Viva Vida Oriental!

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A lenda do Tsuru




 


Tsuru no Japão, é uma Cegonha ou Grou de origami (dobradura).
Ela tem um significado muito especial, quem a recebe de presente, recebe junto com ela um desejo profundo de "mil felicidades, vida longa e gratidão".

Certo dia, num tempo muito antigo, um pescador andando pela floresta, encontrou uma cegonha agonizando, a beira da morte.
Ele recolheu-a, tratou dela e salvou-lhe a vida.
Em seguida soltou-a de novo para que fosse livre e seguisse seu caminho.

Depois de um tempo, apareceu uma linda moça para falar com o pescador e ofereceu-lhe um presente muito belo: um tecido feito com pena de cegonha, tecido muito puro e raro.
A própria moça disse tê-lo feito, fio a fio, para entregar ao pescador. Mas, assim que entregou-lhe o presente, a moça disse:
Não poderei dar-lhe outro igual (e não explicou o porquê).

O pescador ganancioso, vendeu esse tecido por um preço bem alto, e de novo pediu à moça que fizesse outro tecido para ele.
Ela, meio assustada e preocupada, não recusou-se, mas voltou a dizer-lhe amavelmente:
Esse é o último, realmente não poderei fazer-lhe outro tecido.

O pescador recebeu o segundo tecido e notou que a moça estava muito abatida, mas procedeu da mesma forma: o vendeu e pediu mais outro à moça, que resignadamente, atendeu-o, já bem abatida, enfatizando que não mais poderia fazer o tecido.
O pescador ficou desconfiado daquela moça, seu semblante cansado, seu trabalho era feito a noite...então resolveu segui-la.
Espiou pela fresta da janela, e viu uma cegonha tirando suas últimas penas para tecer o tecido.
Era a cegonha que ele havia salvo a vida um dia, e estava morrendo novamente.
Quando o pescador aproximou-se a cegonha virou rapidamente a moça, mas já sem forças ela não conseguiu permanecer na forma humana, olhou docemente e cheia de gratidão para o pescador e caiu no chão, uma cegonha totalmente sem penas, ofertando o tecido feito de seu próprio corpo.
Ela oferecera sua vida para agradecer aquele que um dia a salvara.

Certo de que esse verdadeiro espírito de gratidão nunca poderia morrer, e também como forma de ser perdoado, o pescador passou a fazer a cegonha (tsuru) em origami e ofertar em todo Japão, desejando que as pessoas compreendessem e praticassem essa gratidão em suas vidas e, assim, tivessem vida longa e mil felicidades.

É assim, com esse espírito, que esse TSURU chega às suas mãos.
Guarde-o com o mesmo sentimento, pratique o seu significado no seu dia-a-dia e transmita-o às outras pessoas!



Outra lenda diz que um camponês muito pobre que vivia em uma cabana tosca e seu único alimento eram algumas verduras que colhia de sua terra cansada
Um dia, ele encontrou uma garça machucada, com a asa destroçada, por isso ela não podia voar e buscar alimento: isto a deixou muito fraca, à beira da morte.
O camponês teve pena da garça, cuidou de sua asa e pacientemente colocou em seu bico algumas sementes.
Sua bondade a livrou da morte e quando ela pôde voar, o camponês a soltou.
Alguns dias depois, uma mulher adorável apareceu em sua casa e pediu que lhe desse abrigo por uma noite.
O camponês, por ser bom, não negaria esta caridade a qualquer pessoa, mas a beleza da mulher, fez com que ele acreditasse que deixá-la dormir em sua pobre cabana , era realmente uma honra.
Os dois se apaixonaram e se casaram.
A noiva era delicada, atenciosa e tinha tanta disposição para o trabalho quanto era bonita, e assim eles viviam muito felizes, mas para o camponês, que já tinha muita dificuldade em viver sozinho, ficou muito difícil cobrir as despesas que sua nova vida de casado lhe trazia.
Preocupada com esta situação, a esposa disse ao marido que produziria um tecido especial (tecer era um trabalho comum para as mulheres nessa época).
Ele poderia vendê-lo para ganhar dinheiro, mas ela alertou que precisaria fazer seu trabalho em segredo, e que ninguém, nem mesmo ele, seu marido, poderia vê-la tecer.
O homem construiu uma outra pequena cabana nos fundos de sua casa e lá ela trabalhou, trancada, durante três dias.
O marido só ouvia o som do tear batendo, e a curiosidade e a saudade que tinha de sua bela mulher fazia com que estes dias demorassem muito para passar.
Quando o som de tecelagem parou, ela saiu com um tecido muito bonito, de textura delicada, brilhante e com desenhos exóticos.
A tecelã lhe deu o nome de “mil penas de Tsuru”.
Ele levou o tecido para a cidade. Os comerciantes ficaram surpreendidos e lutaram entre si para consegui-lo.
O vendedor pagou com muitas moedas de ouro por ele. O pobre homem não podia acreditar que tão de repente a sorte começasse a lhe sorrir.
Desde então, a esposa passou a trabalhar no valioso tecido outras vezes.
O casal podia, com o fruto da venda, viver em conforto. A mulher, porém, tornava-se dia após dia mais magra.
Um dia, ela disse que não poderia tecer por um bom tempo. Ela estava muito cansada. Seus ossos lhe doíam e a fraqueza quase a impedia de ficar em pé.
O camponês a amava muito e acreditava naquilo que ela dizia, porém, tinha experimentado a cobiça e, como havia contraído algumas dívidas na cidade, pediu para que ela tecesse somente por mais uma vez.
No princípio ela não aceitou, mas perante a insistência do marido, cedeu e começou a tecer novamente.
Desta vez ela não saiu no terceiro dia, como era de costume. E o homem ficou preocupado.
Mais três dias se passaram sem que ela aparecesse. E isso começou a deixar o marido desesperado.
No sétimo dia, sem saber mais o que fazer, ele quebrou sua promessa, espiando o serviço de tecelagem que ela fazia.
Para a sua surpresa, não era sua mulher que estava tecendo. Arqueada sobre o tear encontrava-se uma garça, muito parecida com aquela que o camponês havia curado.
O homem mal pôde dormir à noite, pensando o que teria acontecido com a mulher que amava.
Amaldiçoava-se por ter sido insaciável e praticamente ter obrigado a sua querida esposa a tecer mais uma vez.
Na manhã seguinte, a porta da cabaninha se abriu e o camponês com o coração aos saltos fixou seus olhos na porta, esperançoso em ver sua esposa sair dela com vida.
A mulher saiu da cabana com profundas olheiras, trazendo o último tecido nas mãos trêmulas, entregou-o para o marido e disse:
Agora preciso voltar, você viu minha verdadeira forma, assim eu não posso ficar mais com você!
Então, ela se transformou em uma garça e voou, deixando o camponês em lágrimas.




 A Lenda dos Mil Tsurus* de Origami

A triste história de uma garotinha chamada Sadako Sasaki.

Sadako nasceu em Hiroshima e tinha apenas dois anos de idade quando os americanos lançaram a bomba atômica sobre a cidade.
Ela vivia distante do epicentro da bomba e juntamente com a mãe e o irmão, saiu ilesa do ataque.
Mas consta que durante a fuga, eles foram encharcados pela chuva negra (radioativa) que caiu sobre Hiroshima ao longo daquele dia fatídico.
Retomando suas vidas após o término da guerra, Sadako e sua família viviam normalmente e ela era uma garota aparentemente saudável até completar doze anos de idade.
Em janeiro de 1955, durante uma aula de educação física, Sadako, que adorava corridas, sentiu-se mal, com tonturas.
Os dias se passaram e novamente o mal estar fez com que ela caísse no chão, sem sentidos.
Socorrida e levada a um hospital, depois de alguns dias surgiram marcas escuras em seu corpo e o diagnóstico foi de leucemia, doença que já estava matando outras crianças expostas à bomba.
Na época a leucemia era até chamada de "doença da bomba atômica". Ela foi internada em fevereiro de 1955, recebendo a previsão de sobrevida de apenas 1 ano.
Em agosto desse mesmo ano, sua melhor amiga, Chizuko Hamamoto foi visitá-la no hospital. Chizuko fez uma dobradura de tsuru e presenteou Sadako, contando-lhe a lenda dos mil tsurus de origami.
Sadako decidiu fazer os mil tsurus, desejando a sua recuperação. Mas a doença avançava rapidamente e Sadako cada vez mais debilitada, prosseguia dobrando lentamente os pássaros, sem mostrar-se zangada e sem entregar-se.
Em dado momento Sadako compreendeu que sua doença era fruto da guerra e mais do que desejar apenas a sua própria cura, ela desejou a paz para toda a humanidade, para que nenhuma criança mais sofresse pelas guerras.
Ela disse sobre os tsurus: "Eu escreverei PAZ em suas asas e você voará o mundo inteiro".
Por fim, na manhã de 25 de Outubro de 1955, Sadako montou seu último tsuru e faleceu, amparada por sua família.
Ela não conseguira completar os mil origamis, fizera 644. Mas seu exemplo tocou profundamente seus colegas de classe e estes dobraram os tsurus que faltavam para que fossem enterrados com ela.
Tristes e sensibilizados, os colegas decidiram fazer algo por Sadako e por tantas outras crianças.
Formaram uma associação e iniciaram uma campanha para construir um monumento em memória à Sadako e à todas as crianças mortas e feridas pela guerra.
Com doações de alunos de cerca de 3100 escolas japonesas e de mais nove países, em 1958, foi erguido em Hiroshima o MONUMENTO DAS CRIANÇAS À PAZ, também conhecido como Torre dos Tsurus, no Parque da Paz.
O monumento de granito simboliza o Monte Horai, local mitológico, onde os orientais acreditam que vivem os Espíritos.
No topo do monte está a jovem Sadako segurando um tsuru em seus braços estendidos. Na base do monumento estão gravadas as seguintes palavras:

"Este é nosso grito,
Esta é nossa oração:,
PAZ NO MUNDO"


Todos os anos, milhares e milhares de tsurus de papel colorido são enviados de toda parte do Japão e do mundo, num gesto de carinho que demonstra também a preocupação das crianças e o poder delas de trabalhar por uma causa justa.

Certamente foi doloroso para Sadako aceitar a própria morte com apenas doze anos de idade, mas deixou um exemplo para a posteridade, num gesto poderoso de devoção e amor ao próximo.
Que as crianças do mundo todo desejem pacificamente o mesmo que Sadako: um mundo melhor, sem guerras.

Fontes:

www.nte-jgs.rct-sc.br

www.en.wikipedia.org
www.wiki.answers.com


Instrumentos musicais Chineses

 Erhu

O Erhu é um instrumento musical originário da china com duas únicas cordas e é tocado com um arco(normalmente feito com crina de cavalo, como nos arcos de violinos comuns, mas há também os sintéticos, mas é preferível o arco de crina de cavalo). Ele é também chamado de violino chinês ou chinese violin, na língua inglesa, embora tenha aparecido muito tempo antes do violino. O instrumento é um dos mais conhecidos da china, como o guzheng e a Pipa (instrumento musical). Consiste basicamente em um braço vertical, cujo na parte superior há dois afinadores e na parte inferior há pequeno corpo ressonador ( caixa de som ) que é coberta com pele de cobra phiton na frente. Duas cordas se estendem por todo o corpo do instrumento, desde os afinadores, até os dois pequenos pregos em baixo da caixa de ressonância, e uma corda que amarra as duas cordas juntas com o arco ( Qian Jin ) e para finalizar uma pequena ponte de madeira na caixa de ressonância em cima da pele, onde as duas cordas ficam apoiadas produzindo o som. Para abafar e equilibrar um pouco o som, se coloca uma especie de esponja em baixo da ponte, que pode ser de uma infinidade de materiais.
As partes do erhu :
  • Qin tong , caixa de som ou corpo ressonador, é hexagonal ( liu jiao , sul), de forma octogonal ( ba jiao , norte), ou, redondas.
  • Qin pí , pele, feita a partir de python . A pele python dá ao erhu seu som característico.
  • Qin gan , o pescoço/braço.
  • Qin tou o topo, ou a ponta do braço, geralmente uma curva simples, com um pedaço de osso ou plástico em cima, mas às vezes é entalhada uma cabeça de dragão ou algo do gênero.
  • Qin zhou. Afinadores, tradicionalmente em madeira, mas existem as versões em metal ou estacas com engrenagens (mais modernos e práticos).
  • Qian Jin, cordão que é amarrada nas cordas (unindo-as) junto ao braço, menos comumente, um gancho de metal. Sua posição depende do tamanho do braço do musico.
  • Nei xian, uma coluna interna, geralmente sintonizado para D4, mais próxima a pele. Chamada de "Alma" nos violinos ocidentais.
  • Wai xian, corda externa, mais fina, geralmente sintonizado A4.
  • Qin ma, ponte, feita de madeira.
  • Gong, o arco, tem um dispositivo de parafuso para variar a tensão da crina.
  • Gong gan, a madeira do arco, normalmente uma vara curva, feita de bambu.
  • Gong mao, a crina do arco, normalmente de rabo de cavalo, onde as mechas são muito maiores, pois a crina tem de dar duas voltas, aonde de um lado há uma borracha onde se pressiona, junto com um gancho, por onde ela da a volta, e do outro lado um buraco no bambu por onde se passa a crina e há uma espécie de nó trançado amarrado por uma linha de náilon junto ao bambu, geralmente branca ou preta.
  • Qin dian, almofada ou um pedaço de esponja, feltro, ou um pano colocado entre as cordas e pele abaixo da ponte para melhorar o seu som.
  • Qin tuo - Base, um pedaço de madeira colocado no em baixo da caixa de ressonância, para proporcionar uma superfície lisa sobre a qual repousam sobre a perna do musico. É onde se encontram os dois pregos onde se colocam as outras pontas das cordas.

Erhu


Fou

O fou é o mais antigo e tradicional instrumento musical chinês,formado por um vaso de barro ou bronze e tocado com uma baqueta. Sua origem está relacionada às dinastias Xia ou Shang, quando era usado em rituais. Mais tarde, foi usado em rituais confucionistas.
O instrumento apareceu na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Verão de 2008, quando foi apresentado um número com dois mil e oito percussionistas.

Fou

 

Guqin

O  guqin (literalmente "antigo instrumento de corda") é o nome moderno de um instrumento musical chinês da família das cítaras. Tem mais de três mil anos de existência.

Guqin

 

Guzheng

O guzheng ou Gu Zheng ( pronuncia-se gudjang. Significado: gu "antigo", e Zheng que significa que é um instrumento de cordas), também chamado de zheng é uma espécie de cítara chinesa. Tem tem em média 26 ou mais cordas e pontes móveis. O guzheng é o ancestral de diversas cítaras asiáticos, como a japonesa koto , o mongol yatga, da Coréia gayageum , e os vietnamitas Djan tranh. O guzheng não deve ser confundido com o guqin (A mais antiga cítara chinesa).

O Instrumento

O Guzheng se assemelha perfeitamente com uma cítara ocidental, mas há algumas diferenças, como por exemplo, no guzheng, há pontes de madeira (normalmente), que é por onde passa a vibração do som, e o mesmo sai por um grande buraco em baixo do instrumento, junto com outros dois pequenos, enquanto na cítara há somente um furo na parte de cima.
No instrumento, pode-se usar técnicas comumente usadas em outros instrumentos de cordas, como o vibratto, friccionando as cordas a esquerda das pontes. O instrumento é tocado com plectros, espécies de palhetas, parecidas com unhas postiças normalmente com a ponta arredondada, mas no caso do japonese koto, além da opção arredondada, há também os plectros quadrados, que são usados em outras linhas de ensino.
 

Guzheng



Pipa

Pipa (Chinês: 琵琶; pinyin: pípá) é o nome de um instrumento de corda chinês. É um dos instrumentos musicais mais antigos da China, com mais de dois mil anos de história, onde ainda hoje é um dos instrumentos mais populares.

Sua estrutura

O Pipa é um instrumento de ponteio que possui uma caixa de ressonância achatada, com o formato de meia pêra.
O pescoço ou braço comprido em madeira é dividido em tons por filetes, possui quatro ou cinco cordas.
As cordas de seda são tocadas com uma palheta de marfim, madeira, osso ou mesmo com a própria unha do músico, que fazem as cordas vibrarem. 


Pipa


Xiao

O xiao é um instrumento muito antigo chinês geralmente pensado para ter sido desenvolvido a partir de uma flauta simples fim-soprado pelo povo Qiang do sudoeste da China. A forma moderna com seis buracos remonta à dinastia Ming.

Variedades de Xiao

O qin xiao ou( pinyin: "Zi Zhu Xiao") é uma versão da Xiao, que é mais estreito e geralmente na chave de F, com oito buracos de dedo, utilizado para acompanhar o guqin. A estreiteza do Xiao Qin faz o tom mais suave, tornando-o mais adequado para tocar com o Qin (que é um instrumento muito calmo). É também o maior de todos os tipos de Xiao, até 1.25m.
O nan xiao ("xiao Sul") ou(pinyin: "Xiao Dong"), as vezes chamado de Chiba( "pé e oito", antigo nome ainda utilizado para o shakuhachi japonês) é um xiao curto com o final de sopro aberto utilizado no Nanyin, a ópera local Fujianese de Quanzhou.


Xiao


Qin Xiao

Nan xiao, Dizi, Suling, Tanso

Instrumentos musicais Japoneses

Cordas

Com palheta
  • Biwa - alaúde com forma de pêra
  • Ichigenkin (kanji: 一絃琴; hiragana: いちげんきん) - cítara de uma corda
  • Koto - cítara longa
  • Kugo - harpa angulada usada nos tempos ancientais que foi recentemente ressucitado
  • Sangen  - banjo de 3 cordas de Okinawa
  • Shamisen - banjo de 3 cordas
  • Yamatogoto - cítara longa anciental; também chamada de wagon
  • Tonkori - instrumento usado pelos Ainus de Hokkaido
Kugo
Tsukouki
Koto
Biwa
Com arco
  • Kokyū - alaúde com arco com 3 (ou, raramente, 4) cordas e um corpo coberto por pele
Kokyū

Sopro

Flautas
Flautas japonesas são chamados de Fue.
  • Hocchiku - flauta vertical de bambu
  • Nohkan - flauta transversal de bambu usado para o teatro noh
  • Ryūteki - flauta transversal de bambu usado para o gagaku
  • Kagurabue - flauta transversal de bambu usado para o mi-kagura ( música de ritual de Shinto)
  • Komabue - flauta transversal de bambu usado para o komagaku; semelhante ao ryūteki
  • Shakuhachi - flauta vertical de bambu usado para meditação Zen
  • Shinobue flauta transversal de bambu folclórica
  • Yokobue - termo genérico para flautas transversais de bambu
  • Tsuchibue (hiragana: つちぶえ; kanji: 土笛; lit. "flauta de terra") - flauta globular feita de barro
Nohkan
Hocchiku
Tsuchibue
Hichiriki

Oboés
  • Hichiriki - oboé cilíndrico usado para gagaku
Hichiriki

Órgão oral
  • Shō  - órgão de 17 bocas usado para gagaku
Shõ

Trompetas
  • Horagai - trompeta de concha do mar; também chamado de jinkai

Horagai
Perscussão

Tambores
  • Kakko - pequeno tambor usado no gagaku
  • Taiko, literalmente "grande tambor"
    • Ōtsuzumi - tambor de mãos
    • Shime-daiko - pequeno tambor tocado com baquetas
    • Tsuzumi  - pequeno tambor de mão
  • Tsuri-daiko - tambor num suporte com uma cabeça ornamentalmente pintada, tocada com uma baqueta estofada
  • Ikko - pequeno, ornamentalmente decorado tambor de forma de ampulheta
  • San-no-tsuzumi - tambor de formato de ampulheta de duas cabeças; assolado em um único lado
  • Den-den daiko - tambor pellet, usado como brinquedo para crianças
Shime-daiko
Tsuzumi
Outros

  • Hyōshigi
  • Mokugyo
  • Shōko
  • Sasara
  • Ita-sasara
  • Bin-sasara (também soletrado pronunciado como bin-zasara)
  • Kokiriko
  • Kagura suzu
  • Kane
  • Shakubyoshi (também chamado de shaku)
  • Mukkuri - um berimbau de boca usado pelos Ainus  
  • Mokugyo


Gueixa



 Gueixa (geisha) ou Gueigi (geigi) são mulheres japonesas que estudam a tradição milenar da arte da sedução, dança e canto, e se caracterizam distintamente pelos trajes e maquiagem tradicionais. Contrariamente à opinião popular, as gueixas não são um equivalente oriental da prostituta. Elas não trabalham com sexo. Podem chegar a flertar, mas seus clientes sabem que não irá passar disso, e esse é o fato que muitos homens se encantam com a cultura de uma gueixa. No Japão a condição de Gueixa é cultural, simbólica repleta de status, delicadeza e tradição. São em muitos aspectos similares às Kisaeng coreanas. O termo geiko é também usado no dialecto de Quioto para descrever as 
gueixas, especialmente no bairro Hanamachi. Ao contrário do que se verificava nos séculos XVIII e XIX, as gueixas são atualmente em número bastante mais reduzido. Maiko é o termo utilizado para designar uma gueixa aprendiz. O elegante, mundo de alta cultura de que a gueixa faz parte é chamado karyūkai ( "a flor e mundo de salgueiro"). Uma gueixa famosa, Mineko Iwasaki, disse que isso é porque "gueixa é como uma flor, bela em seu próprio 
estilo, e como um salgueiro, graciosa, flexível, e forte. Outra importante gueixa foi Kiharu Nakamura.

Sobre o nome 

 "Gueixa"  palavra original consiste em dois kanji, (gei), que significa "arte" e (sha), que significa "pessoa" ou "praticante". Assim, a gueixa é a pessoa que faz arte. A tradução literal de geixa para a língua portuguesa será "artista" ou mesmo "entertainer".
O termo geiko é também usado na região Kansai para distinguir gueixas tradicionais e onsen gueixa, que são prostitutas que se vestem de forma similar, à excepção do Obi que, no caso das primeiras, é trajado nas costas, enquanto que nestas é trajado à frente — ressalva-se que o Obi é uma parte da indumentária de uma gueixa difícil de vestir, pelo que o facto de ter que ser retirado sistematicamente para a prática promíscua é uma razão para ser vestido desta forma. Pelo mesmo motivo, as verdadeiras gueixas dispunham de ajuda profissional (de um vestidor) para serem assistidas no difícil processo de se vestirem. O traje é composto por várias camadas de quimono e roupa interior, enquanto que o Obi é mais do que um simples cinturão de tecido. Com efeito, uma gueixa poderá demorar-se a vestir mais de uma hora, mesmo com ajuda. Na China a palavra gueixa é traduzida como "yi ji", que soa como "ji" e tem relação com a prostituição.
As gueixas aprendizes são designadas maiko, que é construída a partir dos kanji (mai), que significa "dançarino/a" e  (ko), que significa "criança". Curiosamente, foram as maiko que, com a sua maquiagem branca, quimonos elaborados e penteado característico — em forma de pêssego — se tornaram no estereótipo das gueixas para os ocidentais.
As gueixas de Tóquio não seguem, contudo, o processo ritualizado de aprendizagem maiko característico de Quioto. O período de formação pode ir de seis meses a um ano — substancialmente inferior ao da maiko de Quioto — até ao seu debute como uma gueixa completa. A aprendiza é referida como han'gyoku ou "meia-jóia", ou pelo termo mais genérico o-shaku, literalmente, "aquela que verte (álcool)". Em média, as gueixas de Tóquio são mais velhas que as homónimas de Quioto, muitas delas chegando a dispor de algum grau académico.

Formação

Tradicionalmente, uma gueixa iniciaria a sua formação em tenra idade. Não obstante algumas delas serem vendidas para casas de gueixas (okiya) ainda muito novas, esta não era uma prática comum nos distritos de melhor reputação. Era frequente, porém, que as filhas de gueixas se tornassem gueixas também, como sucessoras (atatori), que significa herdeiro).
O primeiro estágio desta formação designava-se por shikomi. Assim que as moças chegavam à okiyaa, eram colocadas ao serviço doméstico, realizando as tarefas domésticas tal como as criadas. O trabalho era propositadamente difícil para forçar a transformação das moças à nova casa, e à nova vida que se lhe apresentaria pela frente. A shikomi mais nova estaria encarregue de esperar acordada pela gueixa mais velha à noite, enquanto esta não regressasse dos seus compromissos, muitas vezes para além das duas e três da madrugada. Durante este estágio, a shikomi frequentaria as aulas na escola de gueixas da sua zona (hanamachi). Atualmente, este estágio persiste, principalmente para acostumar as moças ao dialecto tradicional, tradições e vestuário dos karyūkai.
Assim que se verificasse a proeficiência artística da aprendiza, e completasse este estágio mediante um difícil exame final de dança, a iniciada passaria ao segundo estágio: minarai. Neste nível, a minarai é dispensada dos deveres domésticos para desenvolver e exercitar a formação anterior, já fora de casa e da escola, seguindo o exemplo de uma gueixa mais experiente — a sua onee-san, ou "irmã mais velha" — cuja ligação simbólica é celebrada através de um ritual. Embora já participem em ozashiki (banquetes em que os convidados se fazem acompanhar de gueixas), não participam a um nível avançado; os seus quimonos, mais elaborados que os das maiko, são concebidos para deslumbrar quanto baste, para compensar. Embora as minarai já possam ser contratadas para festas, tipicamente não são convidadas para as festas em que a sua onee-san participe — são, porém, sempre bem-vindas. Tipicamente, uma minarai cobra 1/3 hanadai, e trabalha em conjunto com uma casa de chá (designada minarai-jaya), aprendendo com a oka-san, i.e., a proprietária. As técnicas desenvolvidas neste estágio não são sequer ensinadas na escola, já que o nível de conversação e brincadeiras só poderá ser desenvolvido através da prática. Este estágio dura, em média, apenas um mês.

Gueixa

Gueixas modernas

Uma geiko entretendo um convidado em Gion (Kyoto)
Gion distrito geiko (hanamachi) de Quioto, Japão.
A gueixa moderna ainda vive nas tradicionais casas chamadas okiya em áreas chamadas hanamachi ( "cidades de flor"), particularmente durante a sua aprendizagem. Muitas gueixas experientes que são bastante prósperas decidem viver independentemente. O elegante mundo de alta cultura de que a gueixa faz parte é chamado karyūkai ( "a flor e mundo de salgueiro"). As mulheres jovens que desejam se tornar gueixas agora muitas vezes começam a sua formação depois de concluir o ensino fundamental ou até o ensino médio, com muitas mulheres que começam as suas carreiras na idade adulta. A gueixa ainda estuda instrumentos tradicionais como o shamisen, shakuhachi (flauta de bambu), e tambores, bem como canções tradicionais, dança tradicional japonesa, cerimônia de chá, literatura e poesia. Observando outra gueixa, e com ajuda do proprietário da casa de gueixa, as aprendizes também se tornam habilidosas nas complexas tradições ao redor, selecionando e usando quimono, e na relação com clientes.
Quioto é considerado, por muitos, o lugar onde a tradição de gueixa é a mais forte hoje em dia, inclusive Gion Kobu. A gueixa nesses distritos é conhecida como geiko. O Tóquio hanamachi de Shimbashi, Asakusa e Kagurazaka também é bem conhecido.
No Japão moderno, a gueixa e maiko são agora uma vista rara fora hanamachi. Nos anos 1920 houve mais de 80000 gueixa no Japão, mas hoje há muito menos. O número exato é desconhecido para estrangeiros, mas estima-se que esteja entre 1000 para 2000, maior parte na cidade resort de Atami. O mais comum é ver turistas que pagam uma taxa para se vestirem como uma maiko. Gueixa muitas vezes é contratada para assistir a festas e reuniões, tradicionalmente em casas de chá ( ochaya) ou em restaurantes japoneses tradicionais (ryōtei). O seu tempo é medido pela queima de um bastão de incenso, chamado senkōdai (, "perfume com incenso a taxa de pau") ou gyokudai ("taxa de jóia"). Em Quioto os termos "ohana"  e "hanadai" , que significam "taxas de flor", são os preferidos. O cliente toma providências pelo escritório de união da gueixa (kenban), que guarda o horário de cada gueixa e faz as suas designações tanto para entretenimento quanto para a sua formação.


Gueixa e prostituição

Uma oiran se preparando para seu cliente, ukiyo-e desenho de Suzuki Haronubu (1765).
A gueixa às vezes é confundida com as tradicionais cortesãs de alta-classe chamadas de Oiran. Como as gueixa, as oiran usam penteados complicados e maquilagem branca. Um modo simples de distinguir-se entre os dois consiste em que oiran, como prostitutas, atam o seu obi na frente, enquanto a gueixa o faz nas costas na maneira habitual. Durante o período Edo, a prostituição foi legal e as prostitutas como a oiran foram autorizadas pelo governo. Por outro lado, a gueixa foi estritamente proibida de manter uma licença de prostituição, e oficialmente proibida de fazer sexo com seus clientes. O acordo de autorização levou ao termo derrogativo 'registro duplo', referindo-se à gueixa promíscua.
Durante a ocupação do Japão, muitas prostitutas japonesas venderam-se como gueixa a soldados americanos. Essas prostitutas ficaram conhecidas como garotas geesha, devido a uma má pronúncia da palavra gueixa, levaram a imagem de gueixa como prostitutas aos Estados Unidos.
A gueixa que trabalha também em cidades onsen como Atami é chamada como onsen gueixa. Onsen gueixa tem dado uma má reputação devido à prevalência de prostitutas em tais cidades que a divulgam como ‘geisha’, assim como rumores sórdidos de rotinas dançantes como 'Rio Superficial' (que implica as 'bailarinas' levantarem as saias do seu quimono mais alto e mais alto). Em contraste com essas 'gueixas de uma noite', a onsen gueixa é uma verdadeira dançarina e musicista.
Relações pessoais e danna
Espera-se que as gueixa sejam mulheres solteiras; aquelas que decidem casar devem se retirar da profissão.
Foi tradicional no passado de gueixa tomar um danna, ou o patrono. Um danna era tipicamente um homem rico, às vezes casado, que tinha meios de apoiar as despesas muito grandes relacionadas à formação tradicional de uma gueixa e outros custos. Isto às vezes ocorre hoje em dia também, mas muito raramente.
Uma gueixa e o seu danna podem ou não estarem apaixonados, mas a intimidade nunca é tida como uma recompensa do suporte financeiro do danna. As convenções tradicionais e os valores dentro de tal relação são muito intricados e não bem entendidos, até por muitos japoneses.
Oiran
Enquanto é verdadeiro que uma gueixa não pode ser paga por ter relações pessoais com homens que ela encontra pelo seu trabalho, tais relações são cuidadosamente escolhidas e improvavelmente são casuais. Um hanamachi tende a ser uma comunidade muito unida e a boa reputação de uma gueixa não é tomada facilmente.