He Yôkoso 「へ ようこそ」: Seja Bem-vindo!

Aqui iremos mostrar um pouco dessa cultura maravilhosa que encheu os olhos do resto do mundo com sua beleza , arte e sabedoria.

Viva Vida Oriental!

terça-feira, 29 de maio de 2012

Leques



O leque é um objeto de uso pessoal usado para abrandar o calor.
Foi muito usado pelas elites européias, no período de 1670 a 1930, como um forte símbolo de luxo e elegância.


Tipos

Os leques são populares na Ásia e em algumas partes da África e Oceania. Representam o Elemento Ar e podem ser usados para equilibrar algo, como por exemplo dois leques usados como equilíbrio no corpo.  Existem uma variedade imensa de cores, estilos e materiais utilizados para a fabricação desses objetos.
Os leques orientais foram utilizados como armas brancas na Antiguidade e no período Medieval, e hoje são vistos como  objetos decorativos.


A evolução do leque

Alguns autores defendem a ideia de que o aparecimento do leque se deu no Japão, entre os séculos XI a VIII. Outros, situam o surgimento do leque quase ao mesmo tempo do surgimento do homem, e muitos são os mitos e lendas que  tratam de sua origem, assim como diferentes povos se dizem responsáveis pela criação desse acessório. Leque oriental, feito em madeira
Dizem que Cupido, o deus do amor, inebriado pela beleza de sua amada Psique, furtou uma asa de Zéfiro, o deus do vento, para refrescar sua amada enquanto dormia. A versão chinesa atribui a Kan-Si, filha de um poderoso mandarim, a criação do leque, uma vez que, não mais suportando o calor durante um baile de máscaras, e não podendo expor seu rosto aos olhares indesejáveis, dele se serviu para abanar-se, tendo logo seu gesto imitado por outras damas do baile.
As principais civilizações desde a Antiguidade fizeram uso dele, como o Egito, Assíria, Pérsia, Índia, China, Grécia e Roma, tendo ele sido utilizado como símbolo de poder em sua essência. As ventarolas foram as primeiras a chegarem na Europa durante os séculos XII e XIII provenientes do Oriente através das Cruzadas. Porém foi apenas no século XVI, quando os portugueses trouxeram os primeiros exemplares das suas colônias da Ásia, que iniciou-se de fato a moda de seu uso na Europa. Sendo assim nos séculos XVII, XVIII e XIX tornaram-se um complemento indispensável à vaidade feminina, invadindo salões e despertando paixões.
Fabricados de diferente materiais e técnicas como o marfim, a madrepérola, o charão, a tartaruga, as madeiras perfumadas, as plumas, os tecidos e os papeis pintados em litografia aquarelada ou tempera. Com cenas de gênero galantes, mitológicas, campestres ou orientais, muitas vezes retratando momentos históricos. Dentre tantas variações temos os comemorativos, de penas, plumas, com rendas, com tecido, tipo “baralho”, “mandarim”, com papel e as ventarolas.

 Leque de 1845

A armação do leque apresenta duas partes, uma interna e outra externa e é formada de varetas, sendo que as externas tem o nome de varetas mestras, e a da frente, a principal. As varetas mestras são geralmente mais ornamentadas do que as simples, em muitas vezes apresentam as iniciais da dona do leque. No "leque indiscreto", eram colocados pequenos espelhos que permitiam as damas ver a movimentação ao seu redor, sem serem vistas.
A "folha" é a parte mais decorada do leque que podia ser feita com pinturas sobre tecido, papel, pergaminho, rendas, seda, etc, sendo geralmente ornamentadas com pinturas ou bordados com lantejoulas metálicas ou mesmo com fios de ouro ou prata.
É neste contexto de luxo e sedução que no século XIX toma força a "Linguagem do Leque". Esta era um complicado sistema de posições e gesticulações que possibilitavam as damas se comunicar e flertar.
Desde meados do século XVIII, a França foi a principal fabricante de leques e adereços de luxo. Com o desgaste ocasionado pela Revolução Francesa na produção deste tipo de produto, entram no mercado, importados pela Inglaterra, os leques orientais. Estes eram confeccionados em charão, sândalo ou marfim e traziam geralmente estampas de caráter bucólico e cenas de vida cotidiana. Após a ascensão de Napoleão Bonaparte ao trono francês, a vida na corte toma outros rumos e a produção dos artefatos de luxo revigora-se. Neste período os leques, bem como a moda por completo, inspiram-se nos ideais clássicos, com cenas de faunos e bacantes, e nos modelos napoleônicos.
Leque de 1815 a 1820
Com a queda de Napoleão, a restauração do governo da França nas mãos da monarquia e as mudanças realizadas na moda entre 1820 e 1830 com o aumento das saias e das mangas, o leque acompanha esta evolução duplicando seu tamanho anterior, passando de 15 para 30 centímetros. Com a indústria do luxo consolidada, a produção francesa gera raridades como leques em prata dourada, além de desenvolver máquinas de perfuração e gravação em osso e marfim. Nas décadas de 1830 e 1840, o leque manteve seu tamanho variando entre os 30 e 29 centímetros. A folha ou panache ainda era feita de papel, ricamente decorado com aquarelas ou litogravuras por vezes pintadas e guarnecidas de prata.
Por volta de 1845, os leques, antes finos e longos, ganham mais forma nas varetas. Esta mudança deve-se ao primeiros leques "Mandarim" trazidos pelas casas de impostação inglesas de suas colônias na China.
Em 1850, a evolução antes descrita já se mostra forte nas oficinas dos melhores Eventelistes da Europa. Um formado mais oval é adotado e muito aceito. Esta vareta de formato modificado iria alongar-se quase fazendo desaparecer a folha do leque, mas em 1855 em diante, a folha voltaria com força total.
Entre 1860 e 1870, os leques ganham decoração diferenciada nas folhas, que são agora feitas de tafetá duplo com forro de papel jornal liso e fino, que dá maior estabilidade ao tecido e alonga a durabilidade da peça. É neste período que também aparecem os primeiros leques com características inovadoras, como os leques de plumas, de penas exóticas, de rendas, de casco de tartaruga, entre outros.
De 1870 a 1890 as variações na estrutura dos leques não são significativas e apenas ocorrem mudanças no tamanho, que acompanha a evolução das mangas Mutton, em meados de 1895 e 1896. Nos anos seguintes, num movimento inverso, o leque acompanha a moda e o estancar dos vestidos entre 1887 e 1900.









Leque ( arma )
  
Uma arma contundente japonesa feita para ser semelhante semelhanta à um leque fechado. É inteiriço, não pode ser dobrado ou aberto. Feito de metal ou madeira.
Os Leques foram muito utilizados como instrumentos de ataque e defesa por praticantes de artes marciais da China, do Japão e da Coréia. São conhecidos como (铁扇) tiě shān, (literalmente, 'leque de aço') em idioma chinês, Tessen em japonês e (부채) "Buchae" em coreano. Como uma arma, é feito com hastes de metal afiadas na ponta e seda endurecida. Fechado, pode ser usado como um pequeno punhal e aberto pode ser usado para "esfaquear" o oponente. É normalmente considerado arma de kung fu.
Apesar de atualmente os leques serem mais conhecidos como objetos de decoração, ainda são utilizados como instrumentos em treinos de artes marciais como o Tai Chi Chuan.
São também utilizados em artes marciais como o Ninjutsu.


Na cultura atual, é usado como arma pelas personagens de jogos de luta como a princesa edeniana Kitana(de Mortal Kombat), a lutadora Mai Shiranui(de The King Of Fighters) e Temari (de Naruto).

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Hashi

 
O hashi ou fachi, chamados ainda popularmente de pauzinhos ou palitinhos, também conhecidos como são as varetas utilizadas como talheres em boa parte dos países do Extremo Oriente, como a China, o Japão, o Vietnã e a Coréia.
São feitos de madeira, bambu, marfim ou metal, e modernamente de plástico. O hashi é manuseado com a mão direita, entre o dedo polegar e os dedos anelar, médio e indicador, e serve para apanhar pedaços de comida ou empurrá-los diretamente da tigela para a boca.
Há uma variante dos hashi japoneses denominada de saibashi (菜箸; o さいばし). Estes são uma versão dos hashi (箸) especificamente adaptada para o uso na cozinha e permitem a manipulação do alimento quente com uma só mão. Têm um comprimento de 30 centímetros ou mais, e são unidos com um cordão nas extremidades onde se lhes pega. A maioria dos saibashi são feitos de bambu, mas para fritar recomenda-se a utilização de Saibashi de metal com os punhos em bambu os quais são chamados de kinzokuseinohashi (金属製の箸, "hashi feitos de metal").

 A palavra em mandarim para os pauzinhos é 筷子 (kuàizi), em que o caracter 筷 significa "objectos de bambu para comer rapidamente". Sendo originários da China antiga foram no entanto utilizados em todo o leste asiático.


Como usar

  1. Coloque um hashi entre a palma da mão e a base do polegar, usando o quarto dedo o anelar para apoiar a parte inferior do mesmo. Com o polegar, aperte-o para baixo enquanto o anelar empurra-o para cima. Este deve ficar estável.
  2. Use a ponta do polegar, o indicador e o dedo do meio para segurar o outro hashi como uma caneta. Tenha a certeza que as pontas dos dois hashis estão alinhadas.
  3. Alavanque o hashi de cima em direção ao de baixo. Com este movimento, pode-se pegar comida em quantidade surpreendente.

Existem algumas regras de etiqueta para segurar os hashi. 
Uma delas é não ficar balançando os palitos no ar. Também não é de bom tom passar os alimentos de hashi para hashi de outra pessoa, porque quando alguém morre, o corpo é cremado e os ossos que restam nas cinzas são passados de hashi para hashi (hashis bem maiores), num ritual e  espeta-se um par de hashis numa tigela de arroz no caminho do velório paa o cemitério.

Os palitinhos são delicados e como tal não devem jamais perfurar os alimentos. 
Dizem os japoneses que os hashis não fazem parte da tradição de comer sushis e sashimis. Isso é um hábito ocidental. O correto é consumir utilizando-se das mãos.





 Diz a lenda que a criação do hashi foi inspirada no movimento do bico da garça...

Sakura - Cerejeira

Cerejeira é o nome dado a várias espécies de árvores originárias da Ásia, algumas frutíferas, outras produtoras de madeira nobre. Estas árvores classificam-se no sub-gênero Cerasus incluído no gênero Prunus (Rosaceae). Os frutos da cerejeira são conhecidos como cerejas, algumas delas comestíveis.
As cerejas são frutos pequenos e arredondados que podem apresentar várias cores, sendo o vermelho a mais comum entre as variedades comestíveis. A cereja-doce, de polpa macia e suculenta, é servida ao natural, como sobremesa. A cereja-ácida ou ginja, de polpa bem mais firme, é usada na fabricação de conservas, compotas e bebidas licorosas, como o Kirsch, o Cherry e o Marasquino.

Elas só florescem uma vez ao ano e dura cerca de uma semana. Suas folhas se vão com a chegada do outono. Os galhos nus enfrentam o inverno para desabrochar em flor na estação seguinte, entre março e abril.

É a flor nacional do Japão, é símbolo de felicidade: é na época de seu florescimento que as crianças iniciam o ano escolar, que os recém formados saem em busca de trabalho. O chá de pétalas de sakurá é utilizado em rituais como casamentos e ocasiões festivas. Na época de seu florescimento, são realizadas as festas chamadas de “hanami” (ver as flores), ao ar livre, debaixo das cerejeiras em flor.

Na cultura japonesa (chamada de Sakura no ki (桜の木)), a cerejeira era associada ao samurai cuja vida era tão efémera quanto a da flor que se desprendia da árvore. 
Já o fruto tem o significado de sensualidade. Por seu vermelho intenso e maduro, a cereja suculenta é talvez o exemplo mais proeminente. O suco de cereja madura é de tão intenso sabor e cor que tem sido freqüentemente comparado ao primeiro gosto do amor. 
Na aparência, das cerejas têm sido dito que lembram os lábios de uma amante, e quando mordê-lo em uma cereja, o fruto dá a aparência de sangrar. Há muito tempo existe uma ligação erótica para o fruto da árvore de cereja.
Como tatuagem, a cereja representa a castidade feminina e a pureza do amadurecimento da fruta. Uma vez arrancada, no entanto, a cereja representa a perda da inocência e da virtude. Uma cereja provada, sua carne perfurada pelo apetite, não é mais virgem. Uma cereja em chamas fala do desejo insaciável, paixão e luxúria.
A flor da cerejeira já foi considerada uma das flores mais belas, tanto pelo seu formato como pela delicadeza e espessura das suas pétalas. Na Índia essa flor é considerada sagrada, e nas casas que tem essa flor nunca falta nada, diz a lenda da flor de cerejeira da Índia.






A LENDA 

Diz a lenda que SAKURA vem da princesa KONOHANA SAKUYA HIME que teria caído do céu nas proximidades do Monte Fuji e teria se transformado nesta bela flor.
Outra lenda diz que sua origem deriva do cultivo do arroz e sua divindade (KURA=depósito onde se guardava arroz, alimento considerado dádiva divina).
Outros dizem que ela está ligada aos samurais. No período feudal, a vida dos samurais era tão breve quanto a vida das flores de cerejeiras (3 dias na primavera) – os samurais estavam sempre dispostos a dar a vida por seus mestres.
Quando uma mulher usava a flor para se enfeitarem ou decorar o quintal, significa que ela estava à busca de uma amor. No teatro significam alegria.
Um galho quebrado de uma cerejeira pode significar aproximação da morte. 
Acredita-se  que sakura é a ligação entre o mundo dos vivos e dos mortos; e que a alma dos mortos é absorvida pelas árvores das cerejeiras.