He Yôkoso 「へ ようこそ」: Seja Bem-vindo!

Aqui iremos mostrar um pouco dessa cultura maravilhosa que encheu os olhos do resto do mundo com sua beleza , arte e sabedoria.

Viva Vida Oriental!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Artes Marciais


São sistemas para treinamento de combate, geralmente sem o uso de armas de fogo ou de outros dispositivos modernos. Hoje, as artes marciais, além de praticadas como treinamento militar, policial e de defesa pessoal, também são praticadas como esporte.

Hoje, o termo artes marciais é usado para todos os sistemas de combate de origem oriental e ocidental, com ou sem o uso de armas tradicionais.
No oriente, existem outros termos mais adequados para a definição destas artes, como wu shu, na China e Bu-Shi-Do, no Japão, que também significam artes de guerra ou "caminho do Guerreiro".
Muitas destas artes de guerra do Oriente e Ocidente deram origem a artes que são praticadas atualmente em todo o mundo, como: o kung fu, o taekwondo, a esgrima, o arqueirismo (tiro com arco), o hipismo, boxe, judô, luta olímpica, ninjutsu etc. Nas modalidades de cunho mais esportivo, (esporte de combate) o objetivo principal são as competições. Por outro lado, as modalidades que têm uma origem mais marcial (kombato, krav magá, etc.) têm como objetivo a defesa pessoal em uma situação de risco sem regras, muitas vezes com enfoque na formação do caráter do ser humano.
No Japão, estas artes são chamadas de Bu-Dô ou "Um caminho educacional através das lutas".



A História das artes marciais

Sua origem confunde-se com o desenvolvimento da civilização, quando, logo após o desenvolvimento da onda tecnológica agrícola, alguns começam a acumular riqueza e poder e com isso o surgimento de cobiça, inveja e seu corolário, a agressão.
A necessidade abriu espaço para a profissionalização da protecção pessoal. Embora a versão mais conhecida da arte marcial, principalmente a história oriental, tenha como foco principal Bodhidharma - monge indiano que, em viagem à China, orientou os monges chineses na prática do yoga e rudimentos da arte marcial indiana, o que caracterizou posteriormente na criação de um estilo próprio pelos monges de shaolin -, é sabido, historicamente, através da tradição oral e escavações arqueológicas, que o kung fu já existia na China há mais de 5 000 anos. Da China, estes conhecimentos se expandiram por quase toda a Ásia.
Japão e Coreia também têm tradição milenar em artes marciais. No Japão, destaca-se o judô, o caratê e seus estilos, tais como shotokan, bushi ryu, shito-ryu, shorin-ryu, o jiu-jítsu, o quendô, o aiquidô etc.
Recentes descobertas arqueológicas também mostram guardas pessoais na Mesopotâmia praticando técnicas de defesa e de imobilização de agressores. Paralelamente, o mundo ocidental desenvolveu outros sistemas, como o savate francês.
Actualmente, pessoas de todo o mundo estudam artes marciais por diferentes motivos: como condicionamento físico, defesa pessoal, coordenação física, lazer, desenvolvimento de disciplina, participação em um grupo social e estruturação de uma personalidade sadia, visto que a prática possibilita o extravasamento da tensão que harmoniza o indivíduo, focalizando-o positivamente. No Systema, o enfoque na respiração proporciona benefícios físicos e psicológicos, como diminuição do cansaço, potencialização dos movimentos, aumento da autoconsciência e tranquilização.
As artes marciais apresentam uma enorme variedade de golpes. O combate no solo emprega principalmente técnicas de quedas, chaves, torções, estrangulamentos e imobilizações.
Socos, chutes, joelhadas, cotoveladas e até golpes com a cabeça são, em geral, aplicados nas técnicas de combate em pé. O termo da língua inglesa ground and pound (que pode ser traduzido como "socar / triturar / encurralar no chão") designa os golpes traumáticos desferidos contra o oponente que estiver dominado no solo.


Alguns golpes usados por diversos estilos de artes marciais

  • Armlock
  • Chute
  • Chute circular
  • Golpes de capoeira
  • Grappling
  • O-soto-gari
  • Palma de ferro
  • Powerbomb
  • Slam
  • Soco de uma polegada
  • Socos do caratê
  • Superkick
  • Técnicas de mão do caratê
  • Triângulo
  • Tsuki waza







  



 




Existem diversos sistemas distintos de classificação dos estilos de arte marcial, adotados por diferentes culturas em momentos históricos específicos.

Shu = artes chinesas, onde se encontram os estilos mais recentes e modernos, muito destes adaptados à competição. 

Shi = artes chinesas, onde se encontram estilos diversificados, normalmente junção de várias artes marciais. ex: Kung shi




 





O Mestre Do Kung Fu : Bruce Lee





Bruce Lee (nascido Lee Jun-fan; 27 de novembro de 1940 – 20 de julho de 1973) foi um ator, instrutor de artes marciais, filósofo, roteirista, diretor e produtor cinematográfico sino-americano e honconguês, fundador do movimento de artes marciais Jeet kune do. Ele é amplamente considerado por muitos comentaristas, por críticos, pela mídia e outros artistas marciais como o lutador de artes marciais mais influente do mundo e um ícone cultural.
Lee nasceu em São Francisco, filho de pais honcongueses, mas cresceu em Hong Kong até sua adolescência. Emigrou para os Estados Unidos aos 18 anos para reivindicar cidadania americana e receber sua educação superior. Foi durante esta época que começou a ensinar artes marciais, que logo o levariam para papéis em filmes e séries de televisão.
Seus filmes produzidos em Hollywood e Hong Kong elevaram os filmes de artes marciais tradicionais honconguesas a um novo patamar de popularidade e consagração, e provocou uma tendência que aumentou o interesse nas artes marciais chinesas no mundo ocidental na década de 1970. A direção e tom de seus filmes mudaram e influenciaram o cinema de ação de Hong Kong, bem como o resto do mundo.Ele é conhecido por seus papéis em cinco longa-metragens: The Big Boss (1971) e Fist of Fury (1972) de Lo Wei; Way of the Dragon (1972), dirigido e escrito por Lee;
Lee tornou-se uma figura icónica em todo o mundo, particularmente entre os chineses, por ter retratado o nacionalismo chinês em seus filmes.nicialmente treinava no estilo Wing Chun, porém posteriormente rejeitou estilos de artes marciais bem definidos, favorecendo, em vez de técnicas de várias fontes, o espírito da filosofia de suas artes marciais pessoais, que ele chamou de Jeet Kune Do.

Infância


No ano, no mês e na hora do lendário dragão chinês, Bruce Lee nasceu em São Francisco, Califórnia, durante uma passagem da Ópera Chinesa, da qual seus pais eram integrantes. Voltou para Hong Kong com apenas 3 meses de idade, cresceu e viveu lá até o fim de sua adolescência. Seu pai se chamava Lee Hoi-Chuen, e sua mãe, Grace Ho. Bruce foi o quarto de cinco filhos. Por seus pais serem artistas da Ópera Chinesa, Bruce atuou em vários filmes chineses durante sua infância.

 

Nome

 

O seu nome artístico foi Lee Siu Lung em Cantonês ou Li Xiao Long em Mandarim que literalmente significa Lee Pequeno Dragão, o nome foi dado por um diretor em 1950 de um filme cantonês no qual Lee atuou.

 

 Início nas artes marciais

 

Desde cedo Bruce Lee treinava Tai Chi e kong fu com seu pai e também aprendeu Wing Chun dos 13 aos 18 anos com o famoso mestre Yip Man, no qual foi apresentado ao estilo pelo seu amigo William Cheung em 1954. Anos mais tarde, o próprio William Cheung disse que Bruce Lee evoluiu muito rápido no Wing Chun, ultrapassando em pouco tempo a habilidade de muitos alunos mais antigos. Bruce tinha uma facilidade acima do comum para aprender e executar os movimentos ensinados pelo seu mestre. Como em muitas das escolas de artes marciais na época, os alunos eram ensinados por outros alunos mais graduados. Mas Yip Man começou a treinar Lee em particular após alguns alunos se recusarem a treiná-lo, pelo fato de que sua mãe não era totalmente chinesa (o avô materno de Bruce era alemão e sua avó Chinesa) e a maioria dos chineses naquele tempo recusavam-se a ensinar artes marciais aos ocidentais e aos mestiços. Com isso, Bruce se beneficiou em ter os ensinamentos do mestre Yip, em particular.
Após a guerra, Hong Kong era um lugar difícil de se crescer. Havia diversas gangues pelas ruas da cidade e Lee foi muitas vezes forçado a lutar contra elas. Mas Bruce gostava de desafios um contra um e por diversas vezes enfrentou membros dessas gangues. Mesmo com o pedido de seus pais para que ele se afastasse desse cotidiano, pouco adiantou. Devido aos desafios que Bruce venceu, as confusões vinham naturalmente até ele.

 

 Jun Fan Kung Fu

 

Lee começou a ensinar artes marciais nos Estados Unidos em 1959. Ele dava aulas de Jun Fan Kung Fu (literalmente Kung Fu de Bruce Lee). Foi basicamente as técnicas do Wing Chun, com algumas ideias de Lee. Ensinou diversos amigos que se reuniam em Seattle, começando pelo lutador de Judô Jesse Glover, que mais tarde se tornaria seu primeiro instrutor assistente. Lee abriu a sua primeira escola de artes marciais, com o nome de Lee Jun Fan Gung Fu Institute, em Seattle.
Bruce Lee saiu da faculdade na primavera de 1964 e se mudou para Oakland para morar com James Yim Lee. Juntos, eles fundaram a segunda escola de artes marciais Jun Fan em Oakland. James Lee também foi responsável por apresentar Bruce Lee a Ed Parker, fascinado pelo mundo da arte marcial e organizador do (Long Beach) Torneio Internacional de Karatê onde Bruce Lee seria mais tarde "descoberto" por um produtor de Hollywood.

 

Jeet Kune Do

 

Emblema do "Jeet Kune Do" marca registada da Bruce Lee Estate. Os caracteres chineses em volta significam "Usando de forma alguma como uma forma" e "Nenhuma limitação como limitação". As setas representam a interação constante entre yang e yin.



O Jeet Kune Do se originou em 1965 em uma luta controversa com Wong Jack Man, que era contra a ideia de Lee em ensinar artes marciais a não-orientais. Após cerca de três minutos de combate (alguns dizem 20 - 25 min), Wong Jack Man foi derrotado. Lee concluiu que a luta durou tempo demais e que não tinha demonstrado todo seu potencial usando as técnicas do Wing Chun. Considerou que as técnicas tradicionais de artes marciais eram muito rígidas e formalistas para serem usadas em situações de violência nas ruas. Lee decidiu desenvolver um sistema com ênfase na "praticidade, flexibilidade, rapidez e eficiência". Começou a usar métodos diferentes de treinamento, como treinamento de peso para a força, corrida de resistência, alongamento para a flexibilidade, e muitos outros que foi adaptando periodicamente.
Lee enfatizou o que chamou de "o estilo sem estilo". Este consistia em livrar-se da abordagem formalizada e Lee alegou que era uma mistura de estilos tradicionais. Lee sentiu que o sistema que no momento chama-se Jun Fan Gung Fu ainda era bastante restritivo e, finalmente, evoluiu para Jeet Kune Do ou o Caminho do punho interceptor.
Antes de fundar o Jeet Kune Do, os estilos do luta praticados por Bruce Lee foram:

 
  • Wing Chun
  • Choy Lay Fut
  • Boxe
  • Esgrima
  • Judô
  • Tang lang quan (do sul)
  • Jiu Jitsu
  • Hsing-I Chuan
  • Taekwondo
  • Wrestlin

Estátua de Bruce Lee em Hong Kong

 

Filmografia

 

  • The Big Boss (Dragão Chinês) (1971)
  • Fist of Fury (A Fúria do Dragão) (1972)
  • The Way of the Dragon (O Voo do Dragão) (1973)
  • Game of Death (Jogo da Morte) (1974)
  • Enter the Dragon (Operação Dragão) (1973)

Embora Lee seja mais conhecido como um artista marcial, também estudou teatro e filosofia, enquanto estava na Universidade de Washington. Estava bem e tinha lido uma extensa quantidade de livros. Seus próprios livros sobre artes marciais e filosofia de combate são conhecidos pelas suas afirmações filosóficas, tanto dentro como fora dos assuntos sobre artes marciais. Sua filosofia eclética, muitas vezes espelhando suas crenças, lutas, embora afirmou que suas artes marciais eram apenas uma metáfora para tais ensinamentos. Acreditava que qualquer conhecimento o levou ao auto-conhecimento, e disse que seu método escolhido foi a auto-expressão das artes marciais. Suas influências incluem o taoísmo, Jiddu Krishnamurti, e do Budismo. Quando perguntado por Little John, em 1972, qual era sua religião, Lee respondeu: Nenhuma. Também em 1972, quando perguntado se acreditava em Deus, ele respondeu: Para ser perfeitamente franco, eu não acredito.

 

A morte

 

Túmulo Bruce Lee

 Em 10 de Maio de 1973, Lee desmaiou no estúdio Golden Harvest, enquanto fazia o trabalho de dublagem para o filme Operação Dragão. Ele sofreu convulsões e dores de cabeça e foi imediatamente levado para um hospital de Hong Kong, onde os médicos diagnosticaram edema cerebral. Eles foram capazes de reduzir o inchaço com a administração de manitol. Esses mesmos sintomas que ocorreram em seu primeiro colapso depois foram repetidos no dia da sua morte.
Em 20 de julho de 1973, Lee foi a Hong Kong, para um jantar com o ex-James Bond George Lazenby, com quem pretendia fazer um filme. Segundo sua esposa, Linda Lee, Lee encontrou o produtor Raymond Chow às 2 da tarde em casa, para discutir a realização do filme Jogo da Morte. Eles trabalharam até as 4 da tarde e depois dirigiram juntos para a casa da colega Lee Betty Ting, uma atriz de Taiwan. Os três passaram o script em casa e, em seguida Chow se retirou.
Mais tarde, Lee se queixou de uma dor de cabeça, e Ting deu-lhe um analgésico, Equagesic, que incluía aspirina e um relaxante muscular. Cerca de 7:30 da noite, foi se deitar para dormir. Quando Lee não apareceu para jantar, Chow chegou ao apartamento, mas não viu Lee acordado. Um médico foi chamado, que passou dez minutos tentando reanimá-lo antes de enviá-lo de ambulância ao hospital. Lee foi dado como morto no momento em que chegou ao hospital.
Não houve lesão externa visível, porém de acordo com relatórios da autópsia, o seu cérebro tinha inchado consideravelmente, passando de 1.400 a 1.575 gramas (um aumento de 13%). Lee tinha 32 anos. A única substância encontrada durante a autópsia foi Equagesic. Em 15 de outubro de 2005, Chow declarou em uma entrevista que Lee morreu de hiperalergia ao relaxante muscular "Equagesic", que ele descreveu como um ingrediente comum em analgésicos. Quando os médicos anunciaram a morte de Lee oficialmente, o país considerou uma enorme "desgraça".
A controvérsia ocorreu quando o Dr. Don Langford, que foi médico pessoal de Lee em Hong Kong e o havia tratado durante seu primeiro colapso acreditava que o "Equagesic não foi único remédio envolvido no primeiro colapso de Bruce."
No entanto o professor RD Teare, um cientista forense da Scotland Yard que supervisionou mais de 1000 autópsias, foi o perito superior designado para o caso Lee. Sua conclusão foi que a morte foi causada por um edema cerebral agudo devido a uma reação aos compostos presentes na prescrição de remédios como o Equagesic.
Sua esposa Linda voltou para sua cidade natal, Seattle, e foi enterrado no lote 276 do Cemitério Lakeview. Seu caixão foi carregado no funeral em 31 de julho de 1973 por Taky Kimura, Steve McQueen, James Coburn, Chuck Norris, George Lazenby, Dan Inosanto, Peter Chin, e seu irmão Robert Lee.
A morte de Lee ainda é um tema de controvérsia.

 

 Personagens em sua homenagem


Devido a ser uma lenda das artes marciais, alguns artistas marciais fictícios em diversas mídias foram criados com base em Bruce Lee, todos praticantes de Kung Fu ou Jeet Kune Do (exceto nos casos de Rock Lee da série Naruto e Hitmonlee da série Pokemon, pois o anime Naruto tem lugar num mundo fictício e apesar de Rock Lee ser visivelmente uma homenagem a Bruce Lee, os estilos Kung-Fu e Jeet Kune Do não existem em seu mundo, o que se aplica também ao mundo de Hitmonlee). Alguns deles são:
  • Dragon, no jogo de arcade Kuri Kinton, de 1988.
  • Kenshiro, do anime/mangá Hokuto no ken.
  • Fei Long da série de videogames Street Fighter.
  • Marshall Law e Forest Law da série de videogames Tekken.
  • Maxi da série de videogames Soul Calibur.
  • Abyo da série Pucca (possivelmente também o seu pai, o policial Bruce).
  • Rock Lee e Might Guy do anime Naruto
  • Kim Dragon, da série de videogames World Heroes.
  • Hitmonlee da versão ocidental da série de jogos/anime Pokémon (não é homenagem no original).
  • Lee Sin, do jogo league of legends.
  • Tetsuo da série de videogames Gekido urban fighters.
  • Chie Satonaka da série de videogames Persona 4
  • Liu Kang da série de videogames Mortal Kombat
  • Fei-On do game Saga Frontier para Playstation
  • Lee Pailong do anime/mangá Shaman King.
  • Shang-Chi, o mestre do Kung-Fu Marvel Comics, "Quadrinhos"
  • Spike Spiegel da série Cowboy Bebop (seu estilo de luta na série é o Jeet Kune Do)
  • Jann Lee do jogo Dead Or Alive
  • hon fu da série de videogames Real Bout fatal fury
Chang Lee do mangá Brasilerio Rumble School Fighter RSF

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Saquê: Vasilhas Tradicionais

Tokkuri

 O Saquê é servido em um frasco pequeno, normalmente de cerâmica, chamado de tokkuri. Normalmente, ele é bulboso e tem um pescoço fino, mas existem outros tipos, como o katakuchi, que se parece com um bule de chá.





  Ochoko

O copo correto a se usar é um pequeno, sem alça, chamado ochoko. Ele pode ser servido em um sakazuki ou em um masu (uma caixinha de madeira). Um modo menos tradicional de servir é em um copo de vinho normal.




 



Aqueça o saquê. 

Coloque o tokkuri em água fervente até ficar ligeiramente acima da temperatura do corpo. O saquê aquecido, ou atsukan, é bebido somente em tempo frio ou quando o vinho é de baixa qualidade, pois isto neutraliza o sabor. Em climas frios, ou quando estiver bebendo um vinho de primeira linha, ele é servido ligeiramente frio. Veja nas dicas.


 


Sirva o saquê em todos os copos, menos no seu. 

Segure o tokkuri com ambas as mãos, palmas para baixo. Você pode usar um guardanapo em volta do tokkuri para evitar que o saquê pingue. Encha o copo de todos os convidados, mas não encha o seu, pois isto é dever dos convidados.
  • Você pode encher com uma mão na garrafa, mas toque a sua mão livre no braço que está com a garrafa. Isto é o equivalente a usar as duas mãos.
  • Se for de posição social maior que a pessoa que está sendo servida, sirva com uma só mão, deixando a outra solta.

 


Segure o copo corretamente enquanto é servido. 

Em situações formais, você segura seu copo enquanto é servido. Segure lateralmente com uma mão (normalmente a direita) e coloque o copo sobre a palma da outra mão.
  • Se a pessoa que estiver servindo o saquê for de posição social menor que a sua, você deve segurar o copo com uma só mão. 

 




Brinde. 

Você pode dizer Kampai se estiver em um restaurante japonês. Encoste os copos. Se estiver bebendo com uma pessoa de posição social maior que a sua, a borda do seu copo deve estar abaixo da do copo dela.



Beba devagar. 

O saquê é uma bebida muito forte e não deve ser bebida depressa. Quando estiver bebendo, vire-se para fora da visão da pessoa que for de posição social maior. Se estiver bebendo com alguém de posição muito maior, não seria inadequado virar de costas antes de beber o seu saquê.


História do Saquê



A história de como surgiu o saquê não é clara, mas sabe-se que em meados do século V a.C, no período Nara, os produtores não conheciam técnicas apuradas de fermentação, e o saquê era feito com um pouco de água e álcool, em uma combinação que lembrava uma porção de mingau. essa papa de arroz era então mascada para que a saliva fermentasse o preparo, numa técnica conhecida como “kuchikame no sake” (saquê mastigado na boca). em seguida era cuspida em tachos, para só então iniciar o preparo da bebida.

Até o século passado o saquê era produzido artesanalmente. O “kuchikame no sake” foi aos poucos sendo aprimorado (e devidamente substituido). O arroz era lavado, colocado em grandes tinas para cozinhar, e só após a etapa de fermentação a pasta resultante era ralada, misturada manualmente, até chegar ao produto final. No entanto, atualmente os grandes fabricantes japoneses ainda utilizam métodos que remetem ao passado, mas nada gritante, pois a produção caseira do saquê hoje em dia é proibida por lei.

O consumo do saquê no Japão vai muito além de encher a cara e sair por ai cambaleando, é uma tradição, e o seu uso está associado a grandes comemorações como ano novo, casamentos e até mesmo em encontros românticos. na maioria das vezes é servido quente (entre 40° e 50° C), mas pode ser apreciado gelado, misturado com outras bebidas, dando origem a coquetéis muito interessantes.

Beber saquê não é pra qualquer um! dentre os fermentados, ela é a bebida que apresenta o maior teor alcoólico (cerca de 20%). contudo, outros fermentados como o vinho e a cerveja andam tomando o espaço da saquê no comércio oriental (de 30 mil fabricantes de saquê no japão, hoje não restam nem 10% desse número). talvez um reflexo da globalização e inserção da cultura ocidental no mundo, mas isso não quer dizer necessariamente que a bebida esteja em declíneo. o saquê produzido na província de Hyogo por exemplo, chega a custar o valor de 300 mil ienes (aproximadamente 6000 reais).


Curiosidades

    Reza a lenda que o descobrimento do saquê se deu por acaso. um aldeão desatento deixou um arroz cozido destampado e o mesmo acabou morfando. o aldeão também esqueceu de jogar o arroz fora e quando se deu conta, notou que houve uma fermentação, formando uma bebida mais pastosa que líquida, mas muito saborosa. logo a fama se espalhou, e o fungo responsável por essa fermentação ganhou o nome de “kamutachi”, o qual foi substituido pela denominação “koji”.
    a maneira mais tradicional de se servir o saquê é em xícaras quadradas de madeira chamadas de “masu”, o que confere um sabor suave amadeirado (servir entre 20 e 40°C).
    na técnica do “kuchikami no sake” (saquê mastigado na boca), algumas províncias rurais japonesas buscavam uma maneira inusitada de “purificar” sua bebida. só jovens mulheres virgens poderiam mastigar o arroz pois eram consideradas enviadas dos deuses na terra.
O termo saquê é muito abrangente no japão e pode significar qualquer bebida alcoólica. é utilizado então o termo “nihonshu” (saquê japonês) ou “seishu” para se diferenciar.

 
O arroz

Ingrediente básico do saquê, o arroz é considerado um superalimento, sendo consumido por mais da metade da população mundial. Esse cereal é cultivado há mais de 5 mil anos, e estima-se que existam hoje 2.500 variedades. A maioria das espécies é nativa da Índia, mas alguns tipos surgiram na África. Encontrando o clima ideal na China, passou a ser cultivado em larga escala. O Japão importou a técnica do plantio da China entre os séculos II e III a.C., e com isso mudou profundamente a sua vida social, política e econômica dos aldeões. Como o cultivo do arroz exigia um trabalho coletivo, surgiu a divisão de trabalho e conseqüentemente a divisão por classes sociais.

Durante muito tempo, o arroz foi utilizado como dinheiro, calculando-se o valor da propriedade pelo volume de arroz que poderia produzir.

Ainda hoje o Japão considera o arroz seu alimento mais importante, e países como os Estados Unidos sempre criticam o protecionismo do mercado japonês, citando como o exemplo o arroz, que tem cotas que limitam a importação. Os defensores dessa idéia argumentam que o próprio povo japonês paga muito caro pelo arroz produzido internamente, enquanto o mercado externo oferece a um preço menor.



Principais tipos de saquê     junmai-shu: O saquê mais puro de todos. feito com água, arroz e koji (arroz fermentado separadamente, e que determina o gosto e o aroma do saquê). livre de álcool.
    
honjozo-shu: sofre um pequeno acréscimo de álcool, deixando-o mais suave.
    
ginjo-shu: utiliza 60% do formato original do arroz, afim de se diminuir gorduras e proteínas. fermentado em temperaturas muito baixas por muito tempo.
    
daiginjo-shu: o arroz é polido em até 65% do seu tamanho original. saquê muito trabalhoso em todas as suas etapas de produção.
    
namazakê: saquê não pasteurizado. guardado na geladeira.
   
nigori-zaquê: saquê que não é filtrado.


Dicas:
  • O saquê normal, o honjozo-shu e o shunmai-shu normalmente são servidos quentes, enquanto o ginjo-shu e o namazake (saquê não pasteurizado) são servidos frios.
  • A melhor maneira de determinar em que temperatura o saquê deve ser servido é deixar o saquê frio esquentar naturalmente, provando de tempos em tempos para ver em que temperatura ele fica ótimo.
  • O saquê tradicionalmente é consumido com lanches (sashimi), mas não durante uma refeição.
  • Se seus amigos continarem a encher seu copo e você não quiser mais, beba bem devagar, para que o copo não fique mais vazio.
  • Geralmente, o saquê deve ser consumido três meses depois da compra ou em duas a três horas após a abertura da garrafa. O saquê que não for consumido imediatamente deve ser guardado como vinho.